A soja chegou ao Brasil no início do século XX, começou a ser cultivada no sul do País e aos poucos se alastrou pelo território nacional. A atividade agrícola ajudou a promover o desenvolvimento de regiões brasileiras e a modernizar a agricultura nacional.
Até meados de 1970, os plantios comerciais eram pequenos e restringiam-se ao sul do País. A expansão aconteceu após a introdução de uma série de inovações que permitiram o cultivo da soja em regiões de clima tropical. Através de pesquisas genéticas, foi possível produzir grãos com maior teor protéico e plantas mais resistentes a doenças. Aliados a esses fatores estavam técnicas para correção do solo ácido do cerrado e fixação biológica do nitrogênio.
Criada pela engenheira agrônoma Johanna Dobereiner, a extração natural de nitrogênio faz com que a planta produza seu próprio adubo, reduzindo a necessidade do uso de fertilizantes e barateando a produção. Aliados a toda essa tecnologia ainda estão o controle natural de pragas e o manejo do solo com técnicas de plantio direto.
Todas as inovações aumentaram a produtividade da soja brasileira e abriram espaço para que a oleaginosa se tornasse a principal commodity de exportação no Brasil. De acordo com o IBGE, a área de cultivo no cerrado saltou de 10% para 63% em apenas 30 anos. Atualmente, o Mato Grosso é o maior produtor brasileiro de soja. No ciclo 2009/2010, o País teve uma safra recorde de 68,71 milhões de toneladas, 27% da safra global do grão, que é de 260,97 milhões de toneladas.